quarta-feira, 21 de março de 2012

Sobre a Bagunça nos Eventos - AMO-SE


Vou acompanhar as palavras do nosso Embaixador da AMO-SE em Alagoas, o amigo Mario Barreto e do nosso Diretor de Eventos, Laercio Oliveira. Certos eventos atuais estão saindo do controle dos seus organizadores e até mesmo a policia e seguranças não sabem o que fazer. A grande proliferação de eventos que ocorrem sem o devido aval de alguma organização especificamente criada para este fim, como AMOs, FMCs e AMCs, ou a realização dos mesmos apoiados por estas entidades mas sem o devido envolvimento das mesmas, quer por vontade dos organizadores, quer por puro descaso de certos membros da direção destas entidades, estão e irão colocar o movimento motociclistico em xeque (em alusão ao jogo do xadrez).
Estamos muito próximos de sermos vistos pela sociedade como aqueles "motoqueiros" que deram origem a ogerização em todo o mundo pelo motociclismo organizado, pois organizações motociclisticas eram sinônimo de bagunça e marginalidade.

No Brasil as AMOs e FMCs foram criadas para reorganizar este movimento e tranformá-lo em algo ordeiro e legal (bom e dentro da Lei). Mas parece que alguma coisa está se perdendo. Aquele afâ inicial que fez com que a turma do "zoeira tô fora" se unissem para fundar estas entidades passou, se esvaiu, as pessoas ficaram velhas e cansaram e a juventude que ora vemos em cima de potentes "máquinas" de matar estão mais para o espírito dos Hell Angel's que para o espirito de união, fraternidade e respeito ao próximo bem colocado aqui pelo Laercio.

A "nossa" omissão, falo aqui enquanto dirigente maior de uma destas entidade, a AMO-SE, em denunciar publicamente certos pseudo-eventos, a nossa falta de organização de forma um pouco mais "profissional", que de fato represente aquilo que os estatutos das nossas entidades pregam e a falta de comprometimento da grande maioria daqueles que compõem a diretoria destas instituições, fizeram com que aqueles verdadeiros motociclistas se desinteressassem por se manterem unidos em torno destas instituições.... e ai a coisa degringolou... em torno de que o nosso movimento deve estar??? Da vontade de A ou de B que apenas vive em seu mundinho particular e preocupa-se apenas em ver sua cidade de 3.000 habitantes receber de uma hora para outra mais 1.500 pessoas? Que interesse comunitário tem um "fazedor" de eventos em não analisar e considerar as coisas de uma forma mais macro? Quais as consequências que as pessoas estão dispostas a arcar e a se sentirem responsáveis quanto aos problemas e mais problemas que ocorrem desde que nossos "convidados" deixam seus lares e se dirigem para um evento até quando retornam para eles?

Certos "organizadores" se acham responsáveis apenas pela promoção da festa em si, da "farra", não interessando o que cada um passa de forma individual ou pior, dos problemas que ocorrem de forma coletiva e a zoeira, fritada de pneus, altos sons mecânicos, roncos de motores sem silenciosos, o excesso de consumo de bebidas alcoolicas, a falta de estrutura de certas cidade para receber estes convidados, como falta de leitos, faz com que os riscos do insucesso de um evento aumente em demasia. Quem hoje ao planejar um evento se preocupa com as questões legais que o envolvem? Quem exige das montadoras de palco a ART do CREA? Quem pede laudo a Defesa Civil? Quem pede uma vistoria do Corpo de Bombeiros e da Policia na área do evento? Onde e como se aciona o serviço de urgência em caso de necessidade? No meu entendimento esta é uma mudança de postura necessária e este deve ser um dos papéis das AMOs e FMCs para garantir que um evento ocorra com total segurança.

Mas ai muitos (que não são tão muitos assim) irão dizer: mas é muita regra a ser seguida.... ai então eu tenho de voltar a concordar com o companheiro Laercio: que promovam eventos aonde estampem faixas com os dizeres "zoeira tô dentro"....

Neste ano a nossa AMO-SE estará promovendo reuniões com os mototiclistas e MCs do Estado de Sergipe (o primeiro será dia 24 de março em Lagarto) e um dos objetivos é alertar a todos que teremos incontestavelmente que fazer o papel de entidade representativa do nosso motociclismo e assumir esta missão ou então fecharmos as portas. Temos que ter parcerias firmadas com Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Policia Militar e SAMU (entre outros) para garantir a segurança dos eventos, que devem voltar a se transformar em um ambiente de familia e que é nossa obrigação legal e moral denunciar as autoridades competentes quaisquer eventuais desvios.

Devemos estimular festas "fechadas", comemorações de aniversário, como até hoje me lembro do niver do São Sebastião ano trazado, do nosso irmão Marilson, realizado em um clube, para um seleto grupo de verdadeiros motociclistas e sem o uso do dinheiro público, que exemplo de evento motociclistico.

E, por fim, nós, motociclistas, devemos ter a cinsciência de que não vale a pena nos vendermos por seja lá o que for prometido ser "de graça", que não passa de uma isca para atrair incautos. Foi este "costume" do 0800 e do tudo pode que passou a trazer para o nosso meio pessoas que não possuem nem de longe o que conhecemos como espírito motociclistico. Paremos com isso e estas pessoas por si só se afastarão. Tratar bem as pessoas é uma coisa, permissividade e se achar no direito de ter direito acima do direito dos outros... ai é coisa bem diferente... é falta de educação mesmo.

Marcos Vinicius Tavares Oliveira
Presidente da AMO-SE

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