domingo, 13 de junho de 2010

Artigo

Para quem não sabe, além da dança eu também sou apaixonada por motos. Decidi então, iniciar aqui uma pesquisa e análise de cases das marcas das grandes e caríssimas motos que eu e muitos sonham em ter um dia.

Digna de estréia: Harley Davidson.

Ter uma Harley vai além de ter somente uma grande moto. É ser membro da maior comunidade de motociclistas do mundo, é ter um estilo de vida selvagem (Booorn to be wiiild!), é sentir-se o dono do mundo que se descobre a cada quiilômetro percorrido. Todos esses sentimentos foram cuidadosamente plantados na mente dos seus clientes e funcionários (cerca de 5.500). Quantas marcas conhecemos em que os clientes tatuam sua logomarca no braço e sentem orgulho disso?!

Nascida em 1903 e ficando ainda mais famosa pelo filme “Sem Destino” , a Harley Davidson Inc. acredita e trabalha totalmente no Marketng de Relacionamento e ela faz isso de dentro para fora. Todos os funcionários da empresa desfilam pelas lojas com os modelitos dos catálogos, conversam com os clientes como “brothers” unidos por uma mesma família, além de realizarem tours de visitas nas fábricas. E tudo isso com boa vontade, nada daquela hipocrisia ou treinamentos de “como atender seu cliente” ou coisas do tipo.

Modelo consagrado pelo filme

É exatamente essa parceria que existe entre a empresa e seu cliente que faz com que a Harley seja um produto que ultrapassa as barreiras da idade, sexo e classe social , proporcionando a seu público-alvo um perfil abrangedor, do qual só não fazem parte aqueles que não gostam de motocicletas.

A empresa de William Harley e Arthur Davidson teve seus altos e baixos, tão baixos que nos anos 60 quando as motos japonesas invadiram o Novo Mundo, os donos a venderam para administradores tão ruins que pioraram ainda mais a situação fabricando motos com montagens e insumos de péssima qualidade. Nada como alguém da própria família para salvar o legado criado pelo seu avô, quando William Davidson e um empréstimo milionário, re-comprou a marca e deu cara nova à ela, mostrando para os executivos do mundo todo que tratar o cliente bem, ouvi-lo e atendê-lo é o melhor que se pode fazer por uma empresa para que tudo corra bem.

Mudando a imagem associada aos bad-boys, gangues, motoqueiros marrentos e encrenqueiros, os estudos mostram que 75% dos clientes retornam para uma nova compra. Toda essa fidelidade é graças a estratégia mais inteligente que a empresa fez: o clube “Harley Owners Group” é um grupo de proprietários das motos que, junto com diversos funcionários da Harley, saem pelas estradas afim de grandes experiências, organizam rallys para fortalecer o relacionamento com os clientes através de troca de idéias, críticas e sugestões sobre as motos, que agregadas à viagem e o passeio em si, faz com que eles sintam-se parte de uma grande família. Em 1987 os membros do clube resgistrados batiam a marca de 73 mil e atualmente os motqueiros ultrapassam os 450mil.

Em 1983, a empresa lança a campanha SuperRide que autorizava 600 revendedores a convidar pessoas para realizarem test-drives nas motos. Cerca de 400mil clientes potenciais compareceram às lojas e 60% compraram não só o produto mas a “Harley Experience”, onde ganhavam um ano como sócios do clube recebendo revistas, informativos, roupas e tudo que se tratava de Harley Davidson, o que aumentou também o número de vendas em acessórios que levavam a marca e fez com que a marca fosse uma das mais bem sucedidas nos anos 90.

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