segunda-feira, 21 de junho de 2010

Viagens por Wellington Briques – parte IV


Partimos no dia 27 de janeiro com um nascer do sol maravilhoso e o ar fresco da manhã em direção a San Pedro de Atacama (SPA), no Chile, pela ruta 34 e depois pela 66 até San Salvador de Jujuy. Depois pela ruta 9 entramos na 52 até Purmamarca. Antes de chegar nesta parada, tivemos que seguir mais vinte km na ruta 9 direção norte para encontrarmos gasolina antes de iniciarmos a subida da cordilheira. À primeira vista parece irrelevante, mas se somarmos o tempo gasto para percorrer os 40 km a mais com o que levou para convencer o frentista a abastecer as motos, foram quase 90 minutos que poderíamos ter desfrutado no planalto Andino. Se hoje fosse refazer este caminho, com certeza faria uma perna curta de Salta até Purmamarca e dormiria por lá mesmo, que é um pequeno vilarejo muito simpático no pé da cordilheira. Dormindo por lá, ficaria muito mais tranquilo, pois, a passagem pela complicada e demorada aduana argentina no Paso de Jama. Mesmo assim, fizemos uma pequena parada em Purmamarca para fotos do mercado de artesanato na praça central e das diferentes cores que compõe as elevações rochosas que circundam a cidade. De lá, seguimos pela ruta 52 em direção ao Paso de Jama. A subida da cordilheira é fascinante, com aquele asfalto liso até demais e o visual ficando cada vez mais alienígena. O pouco de verde que havia até uns 2.000 metros de altitude vai desaparecendo até que aos 4.000 a única coisa que se vê, são rochas e poeira por todos os lados. A estrada segue subindo pelo caracol íngreme até cerca de 4.300 metros, quando avistamos algumas construções baixas, todas muito quadradas. É a vila de Jama e mais alguns metros, o desvio para a aduana argentina. Lá apresentamos os papéis de saída e passa-se de mesa em mesa para umas 4 pessoas diferentes carimbarem papéis e mais papéis que nascem um uma mesa e morrem ali mesmo na outra. Encontramos um casal de alemães viajando o mundo de moto e que ficaram bem enrolados na burocracia local. Felizmente pudemos ajudar e eles foram liberados para entrar na Argentina depois de 2:30 h parados a 4.300 metros de altura. Tontos e exaulstos, eles decidiram dormir em Purmamarca antes de seguir viagem para Salta. Sabia decisão. Papelada carimbada, tontura leve batendo, chuva leve se aproximando e lá fomos nós da faixa branca (Argentina) para as faixas amarelas (Chile) que nos levariam para San Pedro de Atacama. Confira a parte V na semana que vem!

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